quarta-feira, 2 de abril de 2008

Nove corretoras apontam as melhores ações para abril

Empresas de siderurgia, infra-estrutura e consumo continuam entre as preferidas

EXAME As carteiras sugeridas pelas corretoras sofreram poucas alterações de março para abril. As ações do setor de siderurgia, infra-estrutura e de empresas ligadas a consumo ainda são as preferidas das instituições, já que sofrem menos influência do setor externo. Como ninguém sabe ao certo até onde vai essa crise do crédito nos Estados Unidos, manter papéis menos vulneráveis ao cenário internacional acaba sendo uma estratégia defensiva.

Com exceção da Prosper, todas as corretoras incluíram ao menos uma empresa de siderurgia em sua carteira. O setor, de acordo com os especialistas, registra forte potencial de crescimento graças ao aquecimento da economia brasileira e mundial, uma vez que o aço é a base para a indústria automobilística, de eletrodomésticos (linha branca) e da construção civil. Com o aumento dos níveis de emprego e renda, a tendência é de crescimento no consumo dos produtos destas indústrias, o que, por sua vez, impulsiona os negócios de siderurgia.

Assim, as empresas de consumo – como Pão de Açúcar, Lojas Americanas e B2W, controladora das lojas virtuais Americanas.com e Submarino –, os bancos e as administradoras de cartões de crédito também ganham. A única ressalva das corretoras em relação ao setor financeiro diz respeito a possíveis decisões do governo. “Apesar de acreditarmos que as ações do setor continuem a apresentar potencial de valorização interessante, acreditamos que existe o risco de que medidas adicionais que restrinjam a concessão de crédito prejudiquem o desempenho”, afirma o Unibanco em relatório.

No final de março, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a cogitar ações para restringir a oferta de crédito e, assim, evitar uma possível alta na inflação. A idéia, no entanto, foi logo descartada. A nova regulamentação para o setor bancário, que reduz a 20 o número máximo de serviços que podem ser cobrados pelos bancos, porém, pode provocar um menor crescimento nas receitas das instituições.

Infra-estrutura
O processo de consolidação do setor de telecomunicações está fazendo com que as corretoras incluam em suas carteiras as ações de empresas como Brasil Telecom e Telemar (Oi). Embora as empresas ainda não confirmem, circulam no mercado rumores de que a fusão entre as companhias já está fechada.

Já o setor de energia assistiu recentemente ao fracasso do leilão de privatização da Companhia Energética de São Paulo (Cesp). As incertezas em relação à renovação de concessões das usinas levantaram dúvidas sobre os ativos de várias companhias, colocando em evidência as empresas que não correm esse risco, como Eletrobrás e Tractebel.

Vale e Petrobras
As preferidas dos estrangeiros também são quase unanimidade entre as corretoras. O fracasso das negociações entre a Vale do Rio Doce e a anglo-suíça Xstrata tirou da brasileira a chance de se tornar a maior mineradora do mundo, mas deu às ações da companhia um novo fôlego no mercado. Para os analistas, a desistência da operação acaba com o risco de a Vale se endividar demais e perder o grau de investimento.

Agora, a expectativa é de que os papéis retomem o ritmo de valorização, refletindo o aumento nos preços do minério de ferro. “Em nossa opinião, a iminência da compra da Xstrata ofuscou grande parte do sólido aumento de 65% no preço do minério de ferro e, mais recentemente, do aumento de 86,67% no preço de pelotas, ambos acima da expectativa do mercado”, afirma o Unibanco.

As perspectivas para a Petrobras também são bastante favoráveis. Com o preço do petróleo acima de 100 dólares o barril e as recentes descobertas de campos de extração, a expectativa é de mais valorização para os papéis.


Confira abaixo as carteiras sugeridas por nove corretoras.


















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